PROJETO QUINTAS D’ LER INICIA CICLO DE MEDIAÇÃO DE LEITURA SOBRE A SAGA DO REI GILGAMESH

9 09 2019

No dia 05 de setembro a Biblioteca Multicultural Nascedouro-BMN em parceria com a Escola Municipal Monteiro Lobato iniciou o ciclo de seis encontros sobre a Saga do Rei Gilgamesh no Projeto Quintas D’ Ler, com a mediação do 1° de três livros da série. Nesse ciclo pretende-se envolver as crianças em momentos de leitura, produção de escrita e imagética, a partir da jornada épica do herói Gilgamesh.

Nesse primeiro encontro, em específico, iniciou a viagem no épico sumério a partir da mediação do 1° livro da série “O REI GILGAMESH”, começando a introduzir as crianças no universo imagético da saga de Gilgamesh.

Este livro é o primeiro de uma trilogia que reconta uma das histórias escritas mais antigas do mundo. Encontrada há mais de 5.000 anos escrita em tábuas de argila na antiga Mesopotâmia. A epopeia de Gilgamesh é mais antiga que os poemas épicos de Homero. O valor desta narrativa de autor anônimo é, portanto, imenso dentro da história da literatura universal. Gilgamesh foi um rei que viveu e reinou em Uruk, na Mesopotâmia, por volta do terceiro milênio antes de Cristo. Na lenda, Gilgamesh é metade homem e metade deus. A história contém todos os valores humanos que os povos do mundo inteiro perseguem até hoje: amor, compaixão, perdão, coragem, amizade, lealdade e paz.

O encontro aconteceu no turno da manhã e no turno da tarde, com a turma do 3° ano B da Profª Elma e o 3° ano da A da Profª Simônica, com a participação de 32 crianças e duas auxiliares, e mediação do educador Daniel Pereira responsável pela atividade.

Como de costume as crianças ao adentrarem no espaço da biblioteca naturalmente vão para o tapete brincar, após alguns minutos, o educador/mediador Daniel Pereira pediu para darem as mãos e formarem um grande círculo.

Ao contrário dos encontros anteriores, o mediador, em vez de puxar uma canção, perguntou quem, dentre as crianças, conhecia uma cantiga e gostaria de partilhar com o grupo? Logo uma criança puxava a cantiga que conhecia, Cajueiro Pequenino, Atirei o Pau no Gato, Alecrim…, e todos cantavam juntos. Esse é um momento que elas/as adoram.

Com todos sentados em circulo o educador/mediador perguntou as crianças se elas conheciam algum herói. Foi uma enxurrada de nomes de super-heróis americanos da indústria do entretenimento! Complementado esses exemplos foi lhes apresentado alguns exemplos de heróis antigos como Hércules, Perseu. Depois foi-lhes perguntado o que era um herói ou heroína para eles. As respostas se voltaram para os exemplos, elas falaram de novo o nome dos heróis das histórias em quadrinhos. Daniel então falou de algumas características dos heróis, como enfrentar jornadas e desafios difíceis para conquistar algo precioso ou defender algo muito valioso ou ainda estar pronto a se sacrificar pelo outro ou pela coletividade.  E logo em seguida introduziu o tema da história de Gilgamesh, conto mítico do Rei Gilgamesh que enfrenta uma longa jornada, repleta de desafios com o intuito de conquistar a imortalidade.

Feito isso, foi realizada a mediação do primeiro de três livros da Saga do Rei Gilgamesh, adaptado e ilustrado por Ludmila Zeman e publicado pela Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil.

 

 

 

A mediação foi feita mediante leitura e exibição das belas ilustrações do livro. As crianças prestaram atenção, com alguma desconcentração aqui e ali, mas no todo funcionou muito bem.

Elas perguntaram bastante, queriam fazer comentários durante a mediação o que exigiu um bom jogo de cintura do mediador para não tolher simplesmente a iniciativa de questionamentos e comentários das crianças, com o devido cuidado para que não quebrasse o fluxo da narrativa, gerando um desvio de foco. No final tudo deu certo e eles acompanharam bem a história.

Depois da mediação do livro comentaram sobre a história ou algumas partes do texto, O que chamou mais a atenção deles foi: a filiação de Gilgamesh e Enkidu ao Deus Sol (ambos eram filhos do Sol), a batalha entre esses dois semideuses e a paixão de Enkidu pelos animais e pela bela cantora do templo, Shamat.

No final do encontro as crianças foram explorar o acervo da biblioteca para, se quisessem, levar um livro ou gibi emprestado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Digno de notar é a alta procura, desde o primeiro encontro, por todas as turmas, de livros sobre folclore e com histórias de terror.  Foram emprestados, ao total, 23 livros. 10 livros pela turma do 3° B e 13 e pela turma do 3° A.

 

 

O Projeto “Quintas D’Ler” é coordenado por Daniel Pereira, mediador de leitura, com o apoio de Thor, responsável pelo empréstimo e organização do acervo, ambos integrantes da equipe gestora da BMN.

 





QUINTAS D’ LER EXPLORA LIVROS DE IMAGENS COMO FORMA DE NARRATIVAS E DE CONVITE À INTERPRETAÇÃO

26 08 2019

No dia 22 de agosto foi à vez da turma do 4ª ano A da Professora Fabiana da Escola Municipal Monteiro Lobato – Peixinhos (parceira desse projeto), participarem do Quintas D’ Ler na Biblioteca Multicultural Nascedouro – BMN.

 

O mediador de leitura Daniel Pereira deu continuidade às atividades de mediação com livro de imagens, explorando as possibilidades de um livro nos contar uma história.

 

Pretendeu-se, neste encontro, vivenciar as imagens como forma de narrativas e de convite à interpretação. Sobre este último ponto, buscou-se estimular as crianças a refletirem sobre a importância de se olhar um acontecimento, uma “coisa”, ou uma pessoa sobre diferentes ângulos para ampliar o conhecimento que se tem sobre os mesmos, inclusive, do respeito às diferenças.

 

Todos em roda, cantaram a canção  Cajueiro Pequenino, puxada por uma das crianças que já conhecia a música. Momento de muito envolvimento, todos soltaram a voz e coreografaram.

Em seguida, todos foram convidados a sentar para participar da mediação do livro “Zoom” Istvan Banyai. Eles adoraram e foram se surpreendendo a cada página virada, inclusive a professora e as suas ajudantes. Eles acompanharam com extrema atenção.

 

“Este livro provocante, sem palavras, pode ser lido tanto de trás para frente como de frente para trás. Suas ilustrações dão a ilusão como se o leitor tivesse se afastado rapidamente de cada página. Uma aventura não só surpreendente como até filosófica.”

Planeta Terra

Ao final foi aberta uma conversa sobre o livro e duas coisas se destacaram, a natureza do Zoom, eles associaram ao movimento de aproximação e distanciamento da câmera do celular.

Outro ponto foi sobre o que são as estrelas, pois durante a conversa sobre as imagens que o livro traz, um deles destacou a imagem final do livro que mostra o Planeta Terra bem pequenininho solto no espaço.

Uma das crianças disse que a terra parecia uma estrela. Daí o mediador pegou esse gancho para explorar a compreensão que eles têm sobre as estrelas e perguntou a eles o que eles acham que são as estrelas. Saíram as respostam mais variadas, desde que as estrelas são terremotos até pessoas que quando morrem se transformam em estrela.

O mediador deixou a questão em aberto para que eles/elas pesquisem com os pais, na biblioteca da escola ou na internet e tragam a resposta no próximo encontro.

 

Outro momento da mediação foi à exploração de imagens que trabalham com o esquema figura-fundo e imagens que provocam ilusões ópticas. Previamente selecionadas pelo mediador e impressas, de uma por uma e de maneira bem instigante ele foi apresentando para eles/as e perguntando o que viam, e todos espantados respondiam que viam, ora de um modo ora de outro, acompanhando as mudanças de percepções que as imagens provocavam.

 

 

 

 

 

Após foi conversado sobre a natureza dessas imagens e de como na nossa vida cotidiana também podemos ampliar o nosso conhecimento e compreensão sobre as coisas buscando olhar para algo por outros ângulos, ou também, como muitas coisas que parecem ser uma coisa, mas na verdade são outras.

 

 

 

 

 

 

No final os estudantes foram explorar o acervo e escolher até dois livros, cada, e levar emprestados para ler em casa, sozinhos, com amigos ou com a família. Ao total foram realizados 19 empréstimos, entre livros e HQ’s.

 

 

 





Biblioteca Nascedouro inicia o Projeto QUINTAS D’LER

10 08 2019

Nesta quinta 08 de agosto, a Biblioteca Multicultural Nascedouro-BMN em parceria com a Escola Municipal Monteiro Lobato, iniciou o Projeto “Quintas D’Ler” com duas turmas de crianças entre 9 e 14 anos de idade do 4° ano do Fundamental 1, nos turnos da manhã e da tarde.

O Projeto acontece na Biblioteca Nascedouro, e tem como objetivo promover atividades de leitura e letramento com crianças estudantes do 3° e 4° anos da escola citada, contribuído para a sensibilização à leitura e para a melhora do desempenho escolar dessas crianças, fortalecendo também o vínculo da BMN com a escola.

 

 

Para iniciar o ciclo de encontros das Quintas D’Ler, neste primeiro encontro o objetivo foi realizar uma vivência com as crianças e professores da turma, sobre as possibilidades de ser de um livro.

A proposta, portanto, foi realizar uma metamediação de leitura, ou seja, vivenciar algumas possibilidades de ser de um livro, a través da mediação de 3 livros que despertam modos de interação distintos com o seu conteúdo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os livros mediados foram “Galope” (Rufus Butler Seder).  As imagens em movimento do efeito ótico presente no livro se sobressaem, e se destacam prendendo a atenção do leitor.

 

 

 

 

 

 

 

WebDesigner

 

 

 

Ninoca vai nadar” (Lucy Cousins), onde as ilustrações pedem interação física com o leitor para ajudar a contar a história que ele traz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Você Troca” (Eva Furnari), livro que estabelece uma interação com o leitor através de perguntas e respostas.

 

 

 

 

 

 

A intenção é reforçar a familiaridade com o objeto livro, ampliando e/ou possibilitando a compreensão das crianças sobre a natureza do livro.

 

Ao todo, 37 crianças participaram das atividades deste dia. Um dos resultados foi o empréstimo de 36 títulos, entre HQ’s e literatura infanto-juvenil, ao final da atividade, as crianças ficam livres para explorar o acervo, ler na biblioteca e escolher um ou mais livros para pegar emprestado e ler em casa com os amigos e/ou familiares.

 

 

 

 

 

 

 

O Projeto “Quintas D’Ler” é coordenado por Daniel Pereira, mediador de leitura, com o apoio de Thor, responsável pelo empréstimo e organização do acervo, ambos integrantes da equipe gestora da BMN.

 

 

 

 

 

 





HOMENAGEM AO POETA CAETANO ALVES NA CELEBRAÇÃO DOS 18 ANOS DA BMN

26 11 2018

No terceiro dia da oficina de sensibilização à Capoeira Angola, foi dado continuidade à vivencia corporal nos movimentos da capoeira angola e ao estudo do   berimbau.   

 

Uma nova sequência de movimentos foi vivenciada, fazendo todo mundo suar e exercitar o corpo bem próximo ao chão, exigindo retirar da musculatura a resistência necessária sem perder o foco da respiração, tão fundamental para se alcançar essa resistência.  Rabo de arraia, rasteira, alguns tipos de esquiva bem coladas ao corpo do adversários foram alguns desses movimentos.  

 

 

Na segunda parte, se retomou o estudo do berimbaus e dos toques da capoeira angola, a novidade foi o exercício de algumas variações dos toques de angola. 

 

 

 

Na mesma manhã na sala do acervo foram realizadas duas sessões com exibição de curtas metragens nacional e estrangeiro no Literando Cineclube.   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Visita guiada pela exposição de fotografias do acervo da BMN que conta um pouco de nossa história, da ocupação cultural do antigo matadouro pelo Movimento Cultural Boca do Lixo, passando pela inauguração da Biblioteca Nascedouro aos dias atuais – ocupar, resistir e produzir! 

 

 

 

 

 

No horário da tarde foi o momento do Cortejo Poético do Boizinho Menino do Nascedouro.  

O cortejo saiu da sede do Grupo Comunidade Assumindo Suas Crianças em direção a casa da família do Poeta Caetano Alves para homenageá-lo. 

Foi um momento de muita emoção quando as crianças e adultos cantaram a Ciranda do Mestre Caetano.

 Foi entregue a família o livro “Caetano um menino que sonhou uma biblioteca & outros sonhos” escrito e ilustrado pela turma do 3º ano da Escola Municipal Monteiro Lobato e pelas crianças e adolescentes do Centro Educacional, Social e Cultural Shekiná e uma placa homenagem a Caetano pela sua colaboração na educação e cultura no bairro de Peixinhos.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A equipe da Biblioteca Multicultural Nascedouro agrade ao GCASC pela parceira nessa homenagem, aos educadores Nenzinha e Deomar pelo empenho e dedicação, as crianças e adolescentes que fizeram essa festa linda acontecer, aos músicos que acompanham o Boizinho, a família de Caetano pela acolhida e a palhaça Doninha que irradiou e contagiou a tod@s com sua alegria!

 





2º DIA DE OFICINAS CELEBRAÇÃO DOS 18 ANOS DA BMN

22 11 2018

No segundo dia da Oficina de Sensibilização à Capoeira Angola a novidade foi à imersão vivencial no trabalho dos movimentos corporais básicos e característicos da capoeira angola. 


 

 

 

 

 

Após um alongamento, o contramestre Oião apresentou uma sequencia de movimentos que correspondem à dinâmica lúdica da fala e resposta entre os jogadores. 

Após todo muito suar bastante e exercitar a sua consciência corporal, nesses movimentos, os garot@s retomaram o estudo do berimbau iniciado no 1° encontro. 

 

 

 

Mas houve uma novidade neste estudo musical, foi a apresentação de outros instrumentos que compõem a bateria de angola, a exemplo do pandeiro, agogô e reco-reco.

Assim foi formada uma bateria de capoeira angola, onde tod@s tiveram a oportunidade de tocar todos os instrumentos acima citados.  E tome toque de angola!

No segundo e último dia da Oficina de Máscaras Ancestrais, trabalhamos mais especificamente a aplicação das tintas. Foi o momento de soltar toda a criatividade e aproveitar a ocasião para expressar todos os sentimentos que andavam sem canais para se manifestar.  A professora também entrou na brincadeira.   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 O que se testemunhou foi uma profusão de cores e trabalhos dignos de serem expostos em galerias de arte. A ludicidade correu solta e a criançada se sentiu valorizada e com a autoestima revigorada. 

Para Tiago, facilitador da oficina foi uma satisfação ser o catalizador de tantos artistas em potencial estando em contato com esses serezinhos. 

 

 

 

Também foi a segunda e última oficina de instrumentos feitos com materiais recicláveis.

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





OFICINAS MARCAM CELEBRAÇÃO DOS 18 ANOS DA BMN

21 11 2018

Hoje foram realizadas três oficinas dentro da comemoração dos 18 anos da Biblioteca Multicultural Nascedouro.

Oficina de MÁSCARAS ANCESTRAIS, conduzida pelo músico, artista plástico, escritor e dançarino Tiago Cavendish com alunos do 4º ano da Escola Municipal Monteiro Lobato. Foi posta como introdução a seguinte indagação: “Mas afinal de contas, para que serve uma máscara? Qual o seu papel social?” Explanou-se sobre o seu uso através das civilizações, sua ritualística, a origem da palavra, etc.  Mostrou-se slides de máscaras confeccionadas por várias culturas de todo o mundo, do oriente ao ocidente, para que os alunos tivessem como referência para sua criação. 

Foi utilizado como matéria prima básica caixas de papelão descartado e revistas. Neste primeiro dia cuidamos de criar a parte estrutural como olhos, boca, cabelo, barbicha, etc, bem como alguns desenhos livres.  Amanhã será o dia de usar as tintas.

 

 

 

As crianças se soltaram diante da oportunidade de usar sua criatividade. Notou-se, então, o poder transformador que atividades lúdicas como esta podem propiciar às crianças. A oficina será concluída nessa quarta feira.

 

 

Oficina de SENSIBILIZAÇÃO À CAPOEIRA ANGOLA, conduzida pelo Contramestre Oião e o aluno Daniel Pereira, que nesse primeiro encontro pelos caminhos da capoeira angola @s garot@s foram instigados a refletir sobre a natureza desse estilo tradicional de capoeira, a partir de alguns elementos estruturantes da prática da capoeira angola, como a ludicidade, a luta, o ritmo, a música, a roda, a malícia e a mandinga. 

Por meio de imagens e perguntas dirigidas foi-se tecendo uma reflexão preliminar sobre esses elementos, o que permitiu aos adolescentes formular uma certa ideia sobre o estilo de capoeira que eles irão vivenciar ao longo dos próximos dias.  

No segundo momento do encontro, foi a vez de meter a mão na massa. Assim cada participante, que ao total eram 5, escolheu a sua berimba e montou o seu berimbau para estudo da musicalidade da capoeira angola.  

 

 

 

Depois de montar o berimbau e o arquear, sobre a orientação do contramestre olhão, cada um teve a oportunidade de travar o seu primeiro contato com os toques principais da capoeira angola.

 

 

 

O contramestre apresentou os rudimentos necessários para se começar a tocar o Berimbau.  Participaram 5 adolescentes, 4 menino e uma menina, entre os 12 e 16 anos. a oficina irá até sexta feira dia 23 de novembro.

Primeiro encontro da Oficina de SENSIBILIZAÇÃO À MÚSICA E CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS COM MATERIAL RECICLÁVEIS. Conduzida por Silas Silva, músico, artista de rua e educador social, foi realizada com uma turma do Cetro Educacional, Social e Cultural Shekiná e com crianças do Circo do Monte.

A estratégia criada por Silas para conduzir as oficinas de sensibilização musical e confecção de instrumentos parte de uma história criada por ele – Embolo, a voz da flauta.

Embolo é o nome do personagem que nasce como todas as crianças, sem saber falar. O tempo vai passando e enquanto seus amigos vão aprendendo a falar, Embolo continua silencioso, até que em sua casa aparece um ser especial que fala com ele e Embolo responde com uma linguagem muito especial, só dele.   

A partir daí é introduzido o primeiro instrumento – o CAZU – a voz de Embolo. As oficinas ensinam a fazer o CAZU, com papel e palitos de picolé; castanholas, (aquele instrumento que os Clóvis gostam de tocar no carnaval) com cano de PVC, vareta de churrasco, solas de borracha.  

 

 

 

 

 

 

 

 

Todos os dias tem visita guiada a EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS, uma pequena mostra da existência e resistência da Biblioteca Multicultural nascedouro. Venha conhecer nossa história! 

 

 

 

 

 

 

 

 





PROGRAMAÇÃO DA CELEBRAÇÃO DOS 18 ANOS DA BMN de 08 a 23/11

10 11 2018

CELEBRAÇÃO DE 18 ANOS DA BIBLIOTECA MULTICULTURAL NASCEDOURO – EXISTÊNCIA, RESISTÊNCIA E PROMOÇÃO DA LEITURA! DE 08 A 23 NOVEMBRO.

Dia 08/11 de 14h as 16h: PINTURA DE PAINÉIS.

No dia 08 de novembro as 14h na sede do Grupo Comunidade Assumindo Suas Crianças – GCASC (Peixinhos), foi iniciada a celebração dos 18 anos da Biblioteca Multicultural Nascedouro com a pintura de painéis em tecido representando a historia do Boizinho Menino do Nascedouro e outros personagens do Bairro de Peixinhos que ficarão em exposição na sala do acervo da Biblioteca Nascedouro.

A oficina foi facilitada pela educadora, palhaça e artista plástica Beta Ferralc junto a equipe da BMN e educadores/as do GCASC.

 

 

 

 

 

 

Dia 14/11 de 14h as 16h: ENSAIO PREPARATÓRIO PARA O CORTEJO POÉTICO DO “BOIZINHO MENINO DO NASCEDOURO”.

Com a participação das crianças e adolescentes do Grupo Comunidade Assumindo Suas Crianças – GCASC, os músicos Nilson Bezerra (Sax tenor), Roberto Bezerra (surdo) e Silas Silva no caixa.

Local: Sede do Grupo Comunidade assumindo Suas Crianças.

 

 

 

 

 

 

 

 

Dias 20, 21, 22 e 23/11 de 9h as 11h30: OFICINA DE SENSIBILIZAÇÃO À CAPOEIRA ANGOLA.  

Pretende sensibilizar um público de 10 adolescentes à pratica, história, música e consciência corporal, relacionados à Capoeira Angola.

Serão 4 dias de oficinas, em encontros de 2h30 (cada), sob a responsabilidade do Contramestre Oião e do aluno Daniel Pereira (Professor e educador social), ambos do Grupo São Bento Pequeno de Capoeira Angola.

Local: Sala do acervo da Biblioteca Multicultural Nascedouro.

 

Dias 20/11 das 14h as 16h e 21/11 das 9h30 as 11h30: OFICINA DE SENSIBILIZAÇÃO À MÚSICA E CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS COM MATERIAL RECICLÁVEIS.

 A confecção dos instrumentos aproveitará materiais recicláveis utilizados no cotidiano, como canos de PVC, tampas de garrafas de refrigerantes, sandálias velhas, revistas e jornais, etc., reaproveitando e resinificando o uso desses materiais, enfatizando, junto aos participantes, a necessidade da reutilização da multidão de objetos do nosso cotidiano, como um dos modos de colaborar com a preservação do meio ambiente.

 

 

As oficinas serão realizadas com a turma do Cetro Educacional, Social e Cultural Shekiná e com crianças do Circo do Monte.

Local: Salão do 1º andar do prédio do CSU. – Peixinhos.

Facilitador Silas Silva, músico, artista de rua e educador social.

 

Dias 20 e 21/11 das 14h às 16h: OFICINA DE PRODUÇÃO DE MÁSCARAS ANCESTRAIS.

A oficina de máscaras segue duas vias: numa reutiliza-se, refuncionaliza-se e ressignifica-se um material aparentemente sem valor, o papelão descartado. Já numa outra via, trabalha-se a subjetividade baseada na criação de uma persona que extrapola a realidade, instigando a livre imaginação das crianças.

 

A produção e o uso das máscaras pelas crianças será um momento de um processo que se iniciará na contextualização do uso de máscaras em diferentes culturas ao longo da história da humanidade, enfatizando sua necessidade ritual, finalizando com a encenação de uma lenda/mito, onde se dará o uso prático das máscaras produzidas.

Essa Oficina será realizada com estudantes, entre 7 e 12 anos, da Escola Municipal Monteiro Lobato.

Local: Sala do acervo da Biblioteca Multicultural Nascedouro.

Facilitador Tiago Cavendish, músico, artista plástico, escritor e dançarino.

 

 Dia 22/11 das 9h30 as 11h: Cineclube Literando – exibição de curtas metragens.

Serão realizadas duas sessões com exibições de curtas metragens que se articulam com temas que nos fazem refletir sobre a importância da leitura, da literatura, do livro, das bibliotecas e da cultura popular.

A exibição será para crianças da Unidade de Tecnologia, Educação e Cidadania – UTEC Peixinhos e os abrigos Casa do Cordeiro e Acalanto PCR.

Curadoria Rogério Bezerra

Local: Sala do acervo da Biblioteca Multicultural Nascedouro.

 

Dia 22/11 de 15h as 16h30: CORTEJO POÉTICO DO BOIZINHO MENINO DO NASCEDOUROhomenageando o Poeta Caetano Alves.

O Cortejo Poético sai pelas ruas da comunidade de Peixinhos em direção a casa da família do Poeta Caetano Alves um dos semeadores da Biblioteca Multicultural Nascedouro, onde parentes receberão a homenagem ao Mestre Caetano, e no ensejo, serão entregues a placa em homenagem ao poeta pela sua contribuição à literatura, educação e cultura no bairro de Peixinhos e o livro “Caetano um menino que sonhou uma biblioteca & outras histórias” escrito e ilustrado por crianças e adolescentes do Centro Educacional, Social e Cultural Shekiná e estudantes do 3ª ano da Escola Municipal Monteiro Lobato.

 

Concentração: Sede do Grupo Comunidade Assumindo Suas Crianças – GCASC, Av Nacional, 260, Peixinhos – Olinda.

 

Dia 23/11 das 9h as 11h30: RODA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A equipe de Medidores/as de Leitura das Bibliotecas Comunitárias Lar Mei Mei, Amigos da Leitura e Educ Guri, integrantes da Releitura – Rede de Bibliotecas Comunitárias irão realizar uma manhã de encantamento e deleite com histórias que nos remete ao mundo onírico e da imaginação, como também refletir sobre a nossa existência, resistência (histórias de vida), solidariedade, amor e a importância da leitura, do livro e das bibliotecas comunitárias.  Esse momento será dedicado às crianças da Unidade de Tecnologia, Educação e Cidadania – UTEC Peixinhos e aos os abrigos Casa do Cordeiro e Acalanto – PCR.

Local: Sala do acervo da Biblioteca Multicultural Nascedouro.

 

Dia 23/11 das 15h às 17h: RODA DE DIÁLOGO – Memória afetiva como princípio de formação de comunidade leitora”.

Aprender a ler e escrever em comunidade tendo por base a memória afetiva é um diferencial na prática da Biblioteca Multicultural Nascedouro – BMN.  Durante este ano, foi evocada a memória do amigo Caetano Alves, livreiro, poeta, ativista cultural e grande incentivador da criação da biblioteca. CAETANO O MENINO QUE SONHAVA COM UMA BIBLIOTECA, foi o projeto vivenciado com crianças e educadores da Escola Municipal Monteiro Lobato e do Centro Educacional, Social e Cultural Shekiná, com apoio pedagógico do CEEL (Centro de Estudos em Educação e Linguagem/UFPE) com recursos do Governo Federal através do Programa PNAIC (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa).

Os resultados serão compartilhados na roda de diálogo e a experiência da REDE DE LEITURA EM PEIXINHOS, coordenada pela BMN.

Também terá o lançamento da revista LITERATURA & ARTE no Ciclo de Alfabetização (ceel/ufpe).

Mediação Carminha Bandeira, formadora do Centro de Estudos em Educação e Linguagem – CEEL/UFPE.

 

Local: Sala do acervo da Biblioteca Multicultural Nascedouro.

 

De 20 a 23/11: EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS – “Linha do tempo, Existência e Resistência da BMN”.

Serão expostos fotografias do acervo da BMN que nos remete à ocupação dos espaços ociosos do antigo matadouro de Peixinhos Pelo Movimento Cultural Boca do Lixo para sua transformação numa biblioteca viva, assim narrado a trajetória de um equipamento essencial para a formação de leitores.

Curadoria equipe da BMN.

Local: Sala do acervo da Biblioteca Multicultural Nascedouro.

 

Dia 23/11 a partir das 19h: Sarau Nascedouro PoéticoExistindo e Resistindo

Encerrando a programação de celebração dos 18 anos da biblioteca, terá o já tradicional Sarau Nascedouro Poético, onde vários artistas, bandas e coletivos de artistas interatuaram nesse encontro de várias expressões artísticas onde a palavra, a música, o texto escrito e o fazer orgânico confluem. 

Na ocasião, haverá a apresentação do Grupo Família Bezerra, tocando composições de Bezerra do Sax – músico e compositor pernambucano que se vivo fosse estaria completando 100 anos. 

 

 

 

Com performance do Projeto “A Voz na Praça” que nasceu em dezembro de 2012, através da iniciativa de Socorro Barros e sua mãe, Amara Elias. Socorro Barros moradora da Várzea, Amara Elias, na ocasião, com oitenta e três anos de idade, residente na cidade de Porto Calvo – AL, passou a compartilhar seu vasto acervo oral com a prática de contar histórias entre família e amigos, nos inserindo assim no universo dos griots. Griots que, por gerações alimentam o imaginário de adultos, jovens e crianças, transmitindo conhecimentos por meio da tradição oral.

Também com participação de poetas convidados.

Local: Sala do acervo da Biblioteca Multicultural Nascedouro.

Sintam-se convidad@s!





BMN CELEBRA 18 ANOS DE EXISTÊNCIA, RESISTÊNCIA E PROMOÇÃO DA LEITURA

8 11 2018

A Biblioteca Multicultural Nascedouro realiza, de 08 a 23 de novembro, programação especial para celebrar o aniversário de 18 anos de existência, resistência e promoção da leitura. Na programação, haverá oficinas, pintura de painéis, exibições de curtas metragens com sessões do Cineclube Literando, Cortejo Poético do Boizinho Menino do Nascedouro – homenageando o Poeta Caetano Alves, Roda de diálogo “Memória afetiva como princípio de formação de comunidade leitora”, exposição de fotografias – Linha do tempo Existência e Resistência da BMN e Contação de Histórias com os Mediadores de Leitura da Releitura – Rede de Bibliotecas Comunitária.

Encerrando a programação de celebração dos 18 anos da biblioteca, no dia 23, haverá o já tradicional Sarau Nascedouro Poético – “Existindo e Resistindo!” Na ocasião, haverá a apresentação do Grupo Família Bezerra, tocando composições de Bezerra do Sax – músico e compositor pernambucano, além de performance do Projeto “A Voz na Praça” e participação de poetas convidados.

 

Biblioteca Multicultural Nascedouro – BMN foi inaugurada em outubro de 2000 por um grupo de artistas do bairro de Peixinhos e adjacências, integrantes do Movimento Cultural Boca do Lixo, em um dos prédios do antigo matadouro de animais. Desde então se configurou como um espaço de convivência, onde a literatura interage com as diversas linguagens artísticas tendo como seu principal objetivo o incentivo a leitura literária e a formação de leitores/as.

 

De 08 a 23 de novembro 2018

Local: Biblioteca Multicultural Nascedouro, Av, Jardim Brasília, s/n Nascedouro de Peixinhos – Olinda/Recife.

Contato: 3244-3325/

988392501 (Rogério)

997649274 (Daniel)

 

 





5ª ENCONTRO DO CURSO DE MEDIAÇÃO DE LEITURA NA ESCOLA E NA BIBLIOTECA: Duas situações de memoria afetiva como principio de formação leitora

2 06 2018

O quinto encontro realizado dia 24 de abril, de início foi dedicado às considerações finais sobre a leitura do livro Linéia no Jardim de Monet. Durante esse encontro foi proposta uma reflexão sobre a experiência de mediação de leitura conduzida pelo jardineiro Seu Silvestre com a sua amiguinha Linéia, na qual a criança, inicialmente através da interação dos dois com o livro, pode fazer uma imersão na história de Monet, descobrindo informações e curiosidades sobre o impressionismo, a biografia do artista, começando pelo maravilhoso jardim da casa cor de rosa e culminando com uma viagem dos dois até Paris-Giverny para verem as maravilhas com os próprios olhos.

Cada página elucida de forma sutil, o desdobramento de uma experiência de mediação de leitura, com base numa relação natural e profunda de amizade entre um velho e uma criança, referendando a memória afetiva (de seu Silvestre) como princípio de formação leitora (da menina Linéia). E como a criança, confiante, segura e feliz, apreende as informações e é capaz de responder com as suas palavras, do seu jeito, com seu estilo de escrever e as sínteses que é capaz de elaborar, tudo o que apreendeu como efeito dessa mediação, do tamanho de sua forma de entender o mundo. Uma aprendizagem, diga-se de passagem, com marcas impregnadas do afeto recebido.Comentou-se também sobre a que gênero corresponde o livro Lineia no Jardim de Monet ou em que setor da estante ele estaria melhor situado,  já que tanto pode ser biografia, como arte, até paisagismo e/ou botânica, do tanto que extrapola a categoria “literatura infantil / juvenil”.

Por fim foram realizadas associações com as práticas de mediação de leitura realizadas nas escolas e nas bibliotecas e tecendo considerações sobre a metáfora do mediador de leitura como um jardineiro, que ao mesmo tempo  que semeia com sensibilidade flores e plantas, estende esse cuidado e proteção para a criança, cuidando dela com carinho e despertando o olhar para a beleza, a poesia, a estética, a solidariedade.

 

A seguir foi apresentado o livro A importância do ato de ler (Paulo Freire), partindo da explicação que se trata de um livro com três artigos que se integram e complementam. Foi feito inicialmente um resumo de cada capítulo e em seguida, foi sugerida uma leitura (20 minutos) do trecho do primeiro capítulo em que o autor recorda como se deu sua inserção no mundo das letras, numa relação tranquila e afetuosa com os pais, começando pelo universo ao seu redor – o quintal de sua casa – permeada, portanto, por naturalidade e liberdade. De forma poética, em harmonia com a natureza, o menino aprendeu a escrever as primeiras palavras riscando na terra do quintal de casa com gravetos, palavras familiares que constam do seu universo vocabular.

Depois foram lidos fragmentos do texto do capítulo que trata da questão política do analfabetismo, especialmente considerando a    alfabetização de adultos, que não pode ser abordada sem enfrentar a divisão das classes sociais, a necessidade de superação da pobreza e das desigualdades, sugerindo-se a biblioteca popular pode cumprir um importante papel no redimensionamento político da forma de ler e escrever, apontando na perspectiva da leitura capaz de fortalecer os sujeitos na luta pela emancipação, contra as formas de opressão e pela superação das desigualdades. A forma como se lê e a elaboração dos conteúdos de leitura pelas equipes de mediadores/formadores podem de fato colaborar no desenvolvimento de atitudes e posturas capazes de enfrentar e redimensionar as relações entre poder e conhecimento.

Nesse sentido a leitura do texto de Paulo Freire tratando da importância de tratar a alfabetização de adultos (e crianças) das classes populares como questão política, valorizando suas histórias, colocando-as no lugar de autores e produtores, reelaborando as histórias e as memórias da comunidade alimentou a reflexão e ajudou a compreender melhor o sentido das práticas de leitura praticadas na Biblioteca Multicultural Nascedouro – BMN.

Na prática, as mediações de leitura com as crianças e adolescentes foram orientadas por estas reflexões e todas as equipes de educadores, das quatro instituições responderam bem às reflexões, aderindo à proposta de condução das mediações com as crianças, produzindo textos e composições, propondo exercícios criativos que foram estabelecendo liga entre uma mediação e  outra e conduzindo o fio que tece a Rede de Leitura em Peixinhos (RELP).

 





4º ENCONTRO DO CURSO DE MEDIAÇÃO DE LEITURA NA ESCOLA E NA BIBLIOTECA

2 06 2018

No quarto encontro do Curso de mediação de leitura na escola e na biblioteca realizado no dia 10 de abril foi concluída a leitura e reflexão compartilhadas do texto: “A biblioteca, o jardim interior preservado” (Michèle Petit).

 

Entre as impressões de leitura citadas pelo grupo, fez-se destaque para a importância dada ao leitor pela autora, que ao longo de mais de uma década realiza estudos sobre o comportamento dos leitores e a forma como se relacionam com a biblioteca. Nesse sentido, ela procura evidenciar que quem faz a biblioteca é o leitor, já que não faz sentido a existência da biblioteca para guardas os livros. Os livros existem para serem lidos e as bibliotecas precisam ser pensadas e organizadas para propiciar o acesso aos leitores.

 Essa ideia ficou bem marcada nas reflexões do grupo, juntamente com a compreensão de que as pessoas são fontes primárias de história e de conhecimento. Se elas leem e se relacionam com os escritos dos autores, a tendência é que passem também a identificarem-se com a linguagem literária,  passem a escrever e se tornem novos produtores de textos, passando também a alimentar futuramente os acervos das bibliotecas.

Foi feita a constatação de que o universo dos livros é muito diverso e complexo já que são suportes de expressão de ideologias e concepções de mundo,  e também através deles se trava  a eterna luta pelo poder, já que é impossível dissociar a relação entre saber e poder, podendo deduzir e a leitura que os livros não são neutros e  assim como a educação, conforme a ótica de Paulo Freire, preconizam concepções de mundo e estão a serviço de projetos de sociedade, das ideologias e da política.

Em seguida, foi apresentado o livro Lineia no Jardim de Monet (Chistina Bjork), seguido de uma leitura individual e silenciosa de 20 minutos,  que ao final, provocou um rico debate sobre a quantidade e a qualidade de informações, que puderam ser apreendidas de forma agradável e em tão pouco tempo. Foi comentada de forma elogiosa a sábia estratégia narrativa da autora de colocar uma criança de oito anos relatando tudo o que aprendeu sobre Monet, jardins e impressionismo, em linguagem com formato de diário. Todos se mostraram maravilhados com a fluência da narrativa (tradução da língua sueca, por Ana Maria Machado), a leveza, o estilo envolvente, capaz de seduzir inteiramente o leitor/a, criando um momento de interação agradável e a sensação de não ver o tempo passar.


Entre os pontos que impressionaram o grupo, em parte composto de educadores e artistas populares, destacou-se a situação de indigência em que viveu o artista Monet, abrindo espaço para comentários sobre como  a luta do artista  pela sobrevivência continua, em muitos casos, como um problema atual. Foram feitas associações com a experiência deles próprios como artistas populares que se identificaram com as questões de sobrevivência enfrentadas pelo criador do impressionismo. Chamou a atenção também a constatação sobre como, no geral, em qualquer parte do mundo, é comum a atitude de resistência ao novo, à mudança de comportamento, aos padrões estabelecidos.

O modelo de família de Monet, completamente inusitado também foi bastante comentado, remetendo a associações com as famílias das crianças e, principalmente, como de modo geral, as sociedades tem dificuldade de acompanhar e assimilar as mudanças, mesmo que já estejam acontecendo na prática ao nosso redor.